Chicago e Boston - EUA

Sempre quis conhecer Chicago e Boston, além de mais algumas cidades americanas que ainda não tive oportunidade. Navegando pelo Google Flights, que é um dos meus buscadores de passagens preferidos, encontrei essa casadinha pela UNITED, com preço justo (U$780), saindo de Belo Horizonte, com bagagem despachada e trecho interno incluído. Além de sair na sexta (feriado 21/04) e voltar na segunda (feriado 01/05). Mas só conseguia o valor se direcionasse pelo Google Fligths. Convidei alguns familiares que toparam na hora esses 10 dias. 

Data da viagem: 21/04 a 01/05/2023
Chicago (4 noites)

Boston (5 noites)

Nosso voo sairia de BH às 11h, com uma troca de aeroporto de Congonhas para Guarulhos (quando comprei era a única opção), mas 1 semana antes do voo liguei na UNITED, expliquei sobre a mudança de aeroporto e pedi se eles poderiam trocar para um voo direto para Guarulhos. A atendente, super gentil, conseguiu sem custos e eu quase não acreditei. Embarcamos às 15h15 em BH para Guarulhos, tivemos um tempinho na sala vip e de lá seguimos às 22h20 direto para Chicago. 

Sala Vip em Guarulhos

Chegamos naquele aeroporto lindo as 6h45 e começava nosso primeiro dia de passeio. 

Aeroporto de Chicago

Desembarcamos, passamos pela imigração, pegamos a bagagem, trocamos do terminal 5 (internacional) para o terminal 1 (doméstico) em um trem do próprio aeroporto e pegamos um metrô dentro do aeroporto mesmo, que custou U$5 e podia usar por 24h, que nos levou até o centro, na esquina do nosso hotel, que por sinal tem uma localização excelente, em River North, que está próximo de quase tudo a pé. 

Tivemos alguns perrengues até o hotel, porque a estrada está em obras e o trem do metrô precisava parar em uma estação, mudamos para um ônibus que nos levou até outra estação. Mas normalmente o trajeto é direto e sem baldeações.

Chegamos ao ACME Hotel Company Chicago, umas 10h da manhã, nossos quartos já estavam liberados e nos deixaram entrar sem custo algum a mais. O hotel não aceita cartão de débito, nem dinheiro, somente cartão de crédito, portanto o Wise não funcionou lá. É porque eles fazem um bloqueio de U$50 a mais no cartão, tipo caução, que é devolvido no fim da estadia. Penso que por isso cartão multimoeda não é aceito.

Depois de um descanso rápido e um banho, fomos almoçar a famosa Deep Dish pizza de Chicago na Pizzeria UNO, quase ao lado do hotel. Essa foi a primeira pizzaria com essa deliciosa pizza, que tem massa fina, mas é alta, parece uma torta de tanto recheio. O nome UNO é por causa de ser a primeira e  eles tem também a Pizzaria DUE que fica por perto.

Decidimos passear pela rua para ver as tulipas de Chicago que esse ano floriram mais cedo devido a onda de calor de lá no início de abril. Quando chegamos o frio já tinha voltado mas a cidade já estava toda linda e florida. 

Atravessamos o Chicago River, passeamos pelos jardins e prédios lindos, visitamos a loja da Apple e chegamos ao Millenium Park para ver o famoso "feijão" de Chicago. A escultura gigante, que o nome é Cloud Gate, é composta por 170 placas de aço inoxidável o que é imperceptível por fora. A escultura reflete o urbanismo da cidade, o céu e as árvores do parque. É lavada todos os dias, para que o turista sempre a veja impecável.

Apple Store

Chicago River

The Bean

O parque tem várias outras atrações como a videoescultura Crown Fountain, que foi projetada por um artista espanhol. Ela tem dois grandes painéis de vidro que projetam rostos dos cidadãos de Chicago e tem um espelho d'água entre as duas torres. Sensacional!

Videoescultura

Lá também fica a concha acústica de nome Jay Pritzker Pavilion, que recebe eventos e festivais durante o ano.

Concha acústica

Curtimos o parque até o frio apertar e voltamos para o hotel.

No segundo dia, acordamos bem cedinho e fomos correr pelas ruas vazias, apreciando tudo. 

Fomos até o fim do Millenium Park para ver o grupo de esculturas Agora Big Feet e voltamos para fotografar o feijão vazio, só pra nós. O parque é lindo!

Voltamos para o hotel para um banho e buscar o restante do pessoal. Seguimos a pé até o Navy Pier, que tem em torno de 1km de extensão e está as margens do Lago Michigan. Cheio de jardins, parques, lojas, atrações e restaurantes, é o lugar mais visitado de Chicago.

Comemos a famosa pipoca Garret e também almoçamos por lá.

Decidimos fazer um passeio de barco para apreciar a arquitetura de Chicago vista de outro ângulo. Apesar do frio o passeio vale a pena.

Seguimos para conhecer o Water Tower Place, que é um dos arranha-céus mais altos do mundo e abriga um shopping center de 8 andares.

Passeamos muito pela Michigan Ave na região da Magnificent Mile e fomos a maior Starbucks do mundo, com mais de 3000 m², e é LINDA! São 5 andares, cada um com uma proposta diferente.

Starbucks Chicago

Voltamos para o hotel, descansamos e fomos jantar no Elefant House. 

De lá, ainda subimos no London House que tem um rooftop com uma bela vista de Chicago.

No terceiro dia, um domingo, céu azul, decidimos visitar o Deck de Observação 360 Chicago, que fica no Hancock Center. Chegamos cedo e estava vazio por nossa sorte. Subimos até o 94º andar e apreciamos as belas vistas de Chicago por todos os lados. Fizemos a experiência da plataforma de vidro que se inclina e debruça sobre a cidade. Para falar a verdade, não achei graça, a inclinação é pequena, pouco tempo e nem foto pode tirar.

Pegamos um Uber e seguimos para a atração seguinte, que foi o Lincoln Park Zoo, e achamos muito bem estruturado, organizado, cheio de atrações legais e ainda gratuito. É um dos zoológicos mais antigos dos EUA e recebe animais de todas as partes do mundo que necessitam de cuidados.

Deixamos o museu de Arte para nosso quarto dia e último na cidade. pois estaria chovendo pela previsão. Que erro! Realmente estava chuviscando, nublado, mas os museus não abrem todos os dias. Perdi essa atração que dizem ser sensacional.

Então compramos um ticket de metrô de 24h, paramos e entramos na Harold Washington Public Library, um prédio lindo de 10 andares no South Loop e em seguida fomos ao Adler Planetário, aproveitar a vista de lá. Mas também estava fechado naquele dia e o tempo nublado. Poderia ser melhor, mas aproveitamos mesmo assim.

Biblioteca Pública Harold Washington

Vista da cidade do Adler Planetário

Adler Planetário

Na volta paramos na placa onde a Route 66 começa (quem sabe um dia ainda faço essa rota).

Passeamos pela famosa área dos teatros, entre tulipas e prédios.

A noite fomos fazer um passeio a orla do rio e ver a projeção de luz no edifício The Merchandise Mart que fazem todas as noites. Achei meio sem graça a projeção, mas o lugar é lindo.

Na manhã do quinto dia de passeio, seguimos de metrô para o aeroporto destino a Boston. Dessa vez foi rápido e sem baldeações, além do terminal da chegada do metrô já ser o terminal doméstico do nosso embarque. Nosso avião sobrevoou o Lago Michigan num dia lindo de céu azul.

Nosso voo saiu às 11h12, chegando as 14h37 em Boston e um casal amigo, que mora em New Bedford, gentilmente nos buscou no aeroporto e nos deixou no Hotel Arcadian Brookline, reservado pela Pier Turismo. Hotel bom, espaçoso, bem em frente ao metrô, numa região agradável em Boston.

Ruas lindas na região de Brookline

Logo que nos acomodamos saímos a pé pela região e chegamos ao TimeOut Market Boston, tipo um "galpão" com vários restaurantes ao redor e mesas grandes numa praça central. Um lugar bonito, descontraído e com opções variadas.

Na volta paramos em uma loja e compramos o ticket de metrô CharlieCard para 7 dias, que custou U$22 e achamos que vale muito, pois nos levou a cidade inteira, por todos os dias, de metrô e de ônibus. O metrô de lá não é complicado e funciona bem, só pesquisar antes de sair do hotel e escolher as linhas que precisa usar, onde trocar de linha, onde pegar um ônibus. O google maps funciona muito bem para ajudar nisso.

No sexto dia saímos cedo para correr as margens do rio Charles e foi uma delícia. 

Voltamos para o café da manhã, tomamos um banho e fomos de metrô até Beacon Hill, passeando pelas ruas charmosas de lá e chegando em Public Garden, que é um parque florido e lindo!

Metrô (ele é de superfície e por baixo da terra)

Charme de Beacon Hill

Public Garden

Public Garden

Seguimos a pé até Acorn Street, um charme, que dizem ser a rua mais fotografada de Boston.

Voltamos caminhando e descobrindo a cidade.

Pegamos o metrô novamente e seguimos para o Assembly Row, que é um shopping aberto com a proposta de outlet, com mais de 40 lojas famosas, num lugar lindo e preços melhores. Fica em Summerville, bem perto, em torno de 15min do centro de Boston, usando a linha laranja do metrô. Esqueci de fotografar, só lembrei na hora de ir embora e começou a chover.

Região do Assembly Row, choveu no fim do dia 

Após o café no sétimo dia fomos conhecer o MIT e Harvard. Não sei explicar o quão sensacional é estar nesses ícones de cultura, educação e conhecimento que vemos em filmes, noticiários e são os mais importantes do mundo. Passamos a manhã toda por lá e almoçamos.

MIT

MIT

MIT

Dizem que pegar no pé de John Harvard trás sorte e prosperidade. Não custa tentar!

Biblioteca de Harvard

Pegamos um ônibus e fomos visitar a loja da fábrica da New Balance. É um pouco longe, mas o ônibus leva até perto. A loja é linda e mostra todas os lançamentos, já o outlet da fábrica vende produtos a bons preços.

Loja conceito New Balance

Outlet New Balance

No volta pegamos outro ônibus e metrô e seguimos para o Quincy Market, em North End, um mercado histórico com diversas opções de alimentação, incluindo o famoso sanduiche de lagosta de Boston.

Passeamos pelo pier e seguimos até a Hanover, uma rua antiga com vários restaurantes italianos. É a principal do bairro. Fomos até o tradicional Mike's Pastry experimentar o cannoli, que tem vários deliciosos recheios e custa U$5,50 a unidade (só recebe dinheiro e trocado). 

Mike's Pastry

O oitavo dia fomos passear por Boston Common, ver algumas partes da Freedom Trail que leva aos principais pontos históricos e andamos pelo centro de Boston, nos quarteirões fechados para carros.

Cúpula dourada do Massachusetts State House vista desde o Boston Common

Seguimos depois para Back Bay, por várias igrejas lindas, até chegar a faixa de chegada da famosa maratona de Boston que fica pintada na rua durante todo o ano. 

Faixa da chegada da tradicional Maratona de Boston

Existe um monumento em homenagem às vítimas do atentado a Maratona de Boston em 2013, que matou 3 pessoas e feriu outras 264 e esse ano completou 10 anos. 

Monumento em homenagem as vítimas do atentado a Maratona de Boston de 2013

Conhecemos também o prédio da Prudential, bem grande e alto, que abriga nos andares de baixo um shopping com várias lojas e restaurantes. 

Para o nono dia, como estava chovendo, decidimos ir ao Museu de Ciências. Acertamos na escolha! O lugar é sensacional! Tem atração para todas as idades.

Almoçamos por lá e a tarde fomos até um centro de compras um pouco mais afastado da cidade, em Dorchester, buscar uma encomenda e aproveitamos para ver as lojas de departamento locais.

Loja de vinhos enorme

O décimo dia começamos correndo pelas margens do Rio Charles novamente.

Era a volta para o Brasil. Saímos do hotel em torno de 12h, em um Uber e chegamos cedo para nosso voo das 15h33, com conexão em Houston e embarque as 19h50 para SP. Chegamos em Confins as 11h10 do dia seguinte.

Nossa decolagem em Boston

Se voltaria? Claro, as cidades são lindas e com uma infinidade de coisas pra fazer.