Jeriocoacoara - delícia de lugar!

Um dos destinos de praia mais queridinhos do Brasil, mas que tem muito além de esticar a canga na areia. Uma vila charmosa que se anda descalço ou de chinelo de borracha. Povo acolhedor, educado, que sabe tratar bem o turista e que faz de tudo para agradar.

Data da Viagem: 21 a 28/03/2023

Fui em um grupo de 6 amigas queridas, que tornou a viagem ainda melhor.

Amigas maravilhosas

Saímos de Confins, as 14h, no nosso primeiro dia de viagem, em um voo direto da Azul de 2h45min de duração e pontual. Chegamos a tardinha e fomos recebidas por um serviço de transporte contratado através do nosso hotel, que nos custou R$ 350,00 para o carro que cabe 6 passageiros. As malas vão no bagageiro.


Aeroporto de Jeri


Veículo que leva do aeroporto até a Vila de Jeri


O caminho do aeroporto de Jijoca até a Vila de Jeri já é uma aventura e demora em torno de 1 hora para percorrer os 33km. Parte da estrada é sobre as dunas e só carros 4x4 conseguem passar. Na entrada da Vila tem uma fiscalização para apresentar uma guia de preservação que deve ser paga pelos turistas. Ela pode ser emitida e paga no site da prefeitura de Jijoca de Jericoacora (nome oficial de Jeri) ou no aeroporto, na chegada. Guarde o recibo, você vai precisar dele por várias vezes nos passeios. O valor dessa taxa, em março de 2023, estava no valor total de R$ 41,50 para estadias de até 10 dias.

Só turistas de 13 a 59 anos precisam pagar essa taxa. Menores e idosos são isentos, mas precisam ir até um quiosque na entrada da cidade para emitir um cartão de isenção. 

Entrada da Vila


Chegamos a tardinha ao Hotel Villa Terra Viva, onde ficamos por 7 noites. O hotel é muito bem localizado, com uma piscina deliciosa, bom restaurante e atendimento espetacular. Fica distante uns 50m da praia principal de Jeri e bem no centrinho.

Hotel Villa Terra Viva

Assim que chegamos e nos acomodamos, fomos jantar no Armazém do Burro, um restaurante delicioso em frente ao hotel. Algumas optaram pelo famoso camarão no abacaxi, que tem em vários restaurantes da Vila. 

Armazém do Burro

No segundo dia, após o delicioso café da manhã, fomos passear na praia e andar pela vila. 

Praia Principal


Praça Principal de Jeri


Paramos para almoçar, tomar sorvete e voltamos para curtir a piscina do hotel. 


Piscina do Hotel


A noite descemos a rua até a praia para ver o famoso pôr do sol. E é realmente fantástico!


No terceiro dia, no horário combinado estava o Edinho Passeios pontualmente na porta da pousada para seguirmos pelo passeio Lado Leste. Havíamos pedimos ao hotel para reservar os passeios para nós. E foi acertado. Preço justo, carro bom e motorista/guia experiente e educado. 

Os passeios são em camionetes tipo Hilux 4x4, com a carroceria adaptada com teto em lona e até janelas plásticas, em caso de chuva ou muita areia. Cabem 10 pessoas, mas pedimos um privativo só para nós 6 e ficou muito confortável. O passeio custou R$ 500,00 o dia todo.  Dividindo por pessoa saiu um bom preço.

Nossa primeira parada foi para ver a árvore da preguiça, que tem esse nome por seu formato provocado pelos ventos, que a deixou deitada na areia, com as raízes expostas em contraste com as folhas verdes, que fazem com que os turistas façam filas enormes para uma boa foto ao lado dela.

Árvore da Preguiça

De lá seguimos para praia do Preá. Foi só uma parada para uma água de coco e apreciar a vista.

Praia do Preá

Fomos então para o Buraco Azul e nos divertimos muito por lá. Esse buraco é uma piscina gigante de cor azul-turquesa. 

Diversão no Buraco Azul

Depois de uma escavação para a retirada de areia e barro para a construção a CE-182 e logo após as fortes chuvas de 2019, a água acumulou e a piscina se formou, tornando uma das principais atrações dos passeios do Lado Leste. Foram feitas análises da água em um laboratório de Fortaleza e a água é própria para banho.

Buraco Azul

Em seguida paramos no Lagun Beach Club, em outro buraco, o Buraco Azul Caiçara que tem as piscinas mais rasas e até uma pequena queda d'água.

Lagun Beach Club

A parada seguinte foi na Lagoa do Paraíso e o guia nos levou ao menos tradicional, mas muito bonito e agradável Restaurante Nova Esperança. Antes do almoço relaxamos nas redes da lagoa de água transparente.

Lagoa do Paraíso

Na volta passou por lugares lindos com dunas e lagoas e nos deixou novamente na Vila de Jeri, na porta do hotel.

Nesse mesmo dia fomos novamente ver o pôr do sol, dessa vez na duna do pôr do sol, mas naquele dia ele estava meio tímido e se escondeu. Mas ainda assim foi uma tarde belíssima.




No quarto dia de passeio decidimos ir caminhando pela trilha até chegar a pedra furada. Uns 40 minutos de boa trilha, que conseguimos com um pouco de reclamação. A descida é meio íngreme, mas só ter cuidado. 

Trilha para a Pedra Furada

Descida bem íngreme. Dava pra ver a fila para a foto no buraco da pedra.

A fila para a foto é gigante, preferimos uma foto lateral e curtimos a praia de lá (cheia de pedras).

Foto tirada na lateral, sem fila




Voltamos pela praia por indicação do vendedor de coco, que disse que estava com a maré baixa então seria possível. Não acho recomendado para crianças de colo e para pessoas com dificuldade de locomoção, são muitas pedras entre as praias. Mas é uma paisagem linda! Em uns 40 minutos chegamos no nosso hotel, pra curtir o resto do dia.

Caminho de pedras pela praia

Volta da Pedra Furada pela praia

No quinto dia, após o café da manhã, fizemos o passeio pelo Lado Oeste, que custou R$ 550,00. No horário combinado o Edinho nos esperava na porta do hotel. 

A primeira parada foi para o fazer a travessia das balsas do Rio Guriú, de Jeri para Camocim, e passear de canoa pelo rio para ver o cavalo marinho nos mangues. O guia, após várias explicações do meio ambiente do local e do habitat, encontra o cavalo marinho camuflado no mangue, coloca em um vidro e depois de várias fotos, devolve no mesmo lugar.

Travessia do Rio Guriu





Cavalo Marinho grudado no mangue

A nossa segunda parada foi pelo mangue seco, onde vimos as árvores com as raízes expostas da explicação do guia. Esse é o local onde tem vários balanços e redes que são disputados para as fotos.






Essas árvores, devido ao solo seco e salinizado apresenta uma série de adaptações, pois as raízes não conseguem se fixar ao solo e ficam para fora do solo. Os caranguejos são abundantes e alimentam-se das folhas e raízes das árvores, ajudando a processar o material orgânico e contribuindo para o equilíbrio.









Seguimos para as dunas, com emoção claro, mas com segurança. Vimos um quadriciclo capotar, sem gravidade, mas precisa ter muito cuidado e escolher bem o motorista e guia.

Paramos para o escorregador gigante das dunas, delícia pura!




Depois de muita aventura, paramos para petiscar num barzinho dentro de uma das lagoas, no meio das dunas.



Barzinho pé na água

Na volta, mais umas descidas nas dunas com emoção, pegamos a balsa novamente e ainda deu tempo de uma piscina no hotel.

O carro que nos leva aos passeios


Chegando do passeio, com o guia Edinho, ao centro da foto

Piscina do hotel

A noite, uma voltinha pela praça e becos da Vila de Jeri.


No sexto dia tivemos a sugestão de conhecer outra parte da Lagoa Azul (não é o Buraco Azul), um local onde tem a Pousada e Restaurante Lagoa Azul, um day-use gratuito (só paga a travessia de balsa) com pequeno parque aquático e um barzinho com as mesas na água da lagoa e redes. Achamos um pouco longe, mas nos divertimos muito.



O sétimo e último dia, nosso voo era as 17h40, e o hotel permitiu que deixássemos os quartos as 13h. Decidimos então seguir para o aeroporto, com o mesmo transfer da chegada, no valor de mais R$ 350,00 o carro. O motorista foi tão atencioso que perguntou se queríamos parar para almoçar e nos levou em um restaurante delicioso na estrada, de frente para o mar.

Chegamos ao aeroporto com antecedência e chegamos em paz em casa. Ficamos com a sensação de alegria por muitos dias e as saudades dessa viagem vai ficar para sempre.


Se voltaria? Claro que sim, preciso mostrar aquele paraíso para outras pessoas.











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