A Jordânia estava nos nossos planos, mas não pensamos que seria junto com viagem a Israel. Na verdade até Israel foi no susto. Vimos uma boa promoção e aproveitamos. Como tinha pouco tempo, optamos por escolher Petra, a cidade perdida, a cidade rosa, uma das sete maravilhas do mundo moderno. É a maior atração turística da Jordânia e com 02 dias poderíamos conhecê-la.
Entramos na Jordânia, vindo de Israel, pela fronteira Sul perto de Eilat. Contei o passo a passo aqui.
Após os trâmites da saída de Israel e entrada na Jordânia, retiramos o carro e seguimos para Wadi Musa, onde fica Petra. São 80 km de uma boa estrada e mais 50 km de uma estrada mais ou menos.
A cidade de Wadi Musa em si, onde fica Petra é muito simples. Tem alguns bons hotéis e poucos bons restaurantes. Ficamos hospedados no Sunset Hotel, simples, mas com boa cama e bom banheiro, além da localização privilegiada, a poucos metros da entrada do sítio arqueológico de Petra.
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Cidade de Wadi Musa
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Logo ao chegar, do hotel mesmo, já se pode ver parte do sítio arqueológico. É enorme e as pedras se vê de longe.
Estacionamos no hotel e fomos comprar as entradas para o Petra By Night (JOR 17 = U$ 25), que acontece as segundas, quartas e quintas e também para visitar Petra no dia seguinte (JOR 55 = U$ 80).
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Recepção, bilheteria e lojinhas na entrada do sítio arqueológico |
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Tiramos essa foto antes de entrar em Petra |
Voltamos ao hotel, descansamos um pouco, tomamos um banho e descemos para jantar em um restaurante que fica bem embaixo do hotel. Depois seguimos para o ponto de encontro para o Petra by Night.
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Fila para o Petra by Night |
Ao chegar lá vimos que tinha muita gente e já estavam seguindo para o local. Seguimos juntos, a pé, por um caminho estreito, com paredões laterais altos, iluminados por velas, por 2 km. O céu estava estrelado e bem azul, era lua cheia. Esse caminho se chama Siq e leva até o monumento mais esperado, o "The Treasure".
Realmente estava lindo, mas já achamos um pouco cansativo, além de escuro e um pouco perigoso. Se escorrega ali ou precisa de um banheiro, já era...
Ao chegar no monumento principal, deparamos com o chão a frente dele todo cheio de velas, uma vista incrível e as pessoas se sentando entre as velas, em tapetes, ou no chão de areia mesmo. Um desconforto total. Mas continuamos a esperar o que aconteceria. Os beduínos, responsáveis pelo evento, passaram servindo um chá quente.
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Velas a frente do The Treasure |
Em seguida, um deles explicou alguma coisa, num péssimo inglês e começou uma música...uma flauta...uma gaita, alguma coisa assim, meio desafinado, sabe? Não sei se demorou porque a música era ruim ou porque o chão estava duro demais.
Acabou a música, ufa... e iluminaram o The Treasure. Foi a parte mais bonita. Mas não é uma iluminação com tecnologia e efeitos, nada disso, é só um holofote que mudava de cor.
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The Treasure iluminado |
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Várias cores |
Ficamos um pouquinho, mas logo desligaram a luz e o pessoal começou a ir embora.
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Algumas paradas na volta |
Tivemos que retornar o caminho longo novamente, no escuro, depois de ficar sentado sem conforto algum.
Gostei de ter visto o Petra by Night, apesar de que achei bem caro e cansativo.
Chegamos no hotel só pensando o que nos esperava no dia seguinte.
O sítio arqueológico abre cedo, as 6h. O calor estava insuportável. Seria ótimo se tivéssemos ânimo pra ir logo cedinho, mas nosso fuso horário estava meio maluco ainda e não conseguimos.
Saímos uma 8:30h e caminhamos pelo canion, que já é uma atração em si. As paredes laterais tem até 200 m de altura em alguns locais e o caminho é estreito. Natureza deslumbrante, cores fantásticas.
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O caminho é cheio de lugares mágicos |
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O céu estava lindo! |
Ao chegar no fim do Siq e avistar o The Treasure, realmente impressiona!
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Fim do Siq e vista do The Treasure |
Ficamos um tempo por lá, observando a beleza do lugar e como conseguiram fazer aquela obra de arte.
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Vista Panorâmica |
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Frente do The treasure |
De lá seguimos pelo restante da cidade perdida, fomos até o Teatro, o Grande Templo, A Igreja, as Tumbas reais.
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Grande Templo |
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Tumbas reais |
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Teatro |
Paramos em um restaurante (caríssimo) para comprar água. Ainda tinha o Monastério, que dizem que é lindo, mas não aguentamos. O sol é muito forte, não tem muito lugar para descansar, não tem funcionários para orientar e nem sinalizações. Pensamos que se alguma pessoa se sentisse mal naquele lugar, seria muito complicado. O único meio de transporte dentro do sítio arqueológico são burros, cavalos ou charretes. E vimos bem como são tratados. Iguais a nós, turistas, sem o menor cuidado.
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Burrinhos, sem água e sem comida, esperando algum cliente\ |
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Esse coitado estava no sol comendo pedra |
Voltamos aos poucos, tentando nos esconder do sol sob alguns poucos monumentos que tem sombra. Vimos burrinhos machucados, ao sol, com mantas quentes sobre o corpo, aguardando por um turista. Vimos crianças trabalhando com esses burros. Vimos cavalos puxando charretes pesadas. Vimos muito artesanato expostos em bancas a frente dos monumentos, o que deprecia um pouco a maravilha que tem ali. Vimos também que exploram ao máximo essa maravilha que está naquele lugar, sem controle algum de onde as pessoas entram e saem, do que as pessoas retiram ou deixam lá.
A realidade é que as pessoas só falam o que tem de bom, que realmente é MARAVILHOSO, sem dúvida. E não mencionam a exploração e ganância pelo turismo em massa.
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Placa existente no local |
Chegamos ao hotel exaustos. Descansamos e saímos para almoçar, no delicioso restaurante típico Beit Al-Barakah.
Atendimento e comida muito bons.
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Comida ótima |
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sobremesa e chá de cortesia |
No dia seguinte voltamos a Israel pela mesma fronteira que contei nesse post aqui.
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