Como nosso voo era pela Air China para a Tailândia (contei tudo em outro post), decidimos fazer uma parada pela gigante Pequim na volta e aproveitar a oportunidade de conhecer essa cidade tão cheia de história. Para conexões de até 240h (eram 72h quando fui) não é necessário o visto para nós brasileiros. Ele é concedido na chegada ao país.
No nosso caso, na ida só passamos pela imigração e ficamos no aeroporto por algumas horas esperando o voo seguinte para Bangkok. Já na volta paramos em Pequim por 3 dias.
Conheci a minha 6a. maravilha (falta o Taj Mahal) |
Chegamos em Pequim na madrugada do dia 28 de novembro. Depois do desembarque, nos direcionamos para o totem para fazer um pré-cadastro incluindo as digitais. De lá passamos a outra fila para confirmar estes dados, passaporte, nome de hotel, etc... e pegar um catão de imigração. Então seguimos para a imigração, para novamente confirmar tudo e estamparem um selo no passaporte, que é o visto de entrada. Um pouco chato e confuso, mas existem boas almas no aeroporto que nos ajudam.
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Entrada no país bem tumultuada |
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Máquinas para fazer um pré cadastro e digitais |
Não tenho foto dessa parte do aeroporto por motivos óbvios, estava no lugar mais vigiado de um dos países mais controlados do mundo. Não ia me arriscar.
Depois dessa burocracia toda, retiramos nossas malas e saímos na área pública do aeroporto. Sentamos em um banco para comprar um lanche e relaxar. Aproveitamos para verificar se nosso celular estava funcionando com o e-sim da Airalo que instalamos previamente e foi perfeito. Nele já tem VPN que é essencial, já que na China não funciona nada do Google, nem Whatsapp, além de vários app.
Pedimos 2 carros pelo aplicativo Didi (tipo o nosso Uber), que nos levou ao nosso hotel em 30 minutos. Ficamos no East Sacred Hotel, simples, mas limpo, quarto e banheiro bons e localização perfeita.
Entrada bem discreta do nosso hotel |
Nos acomodamos e descansamos por algum tempo.
Saímos do hotel no início da tarde no nosso primeiro dia, pegamos o metrô e fomos conhecer o Templo do Céu, construído em 1420 durante a dinastia Ming e considerado patrimônio da humanidade pela UNESCO desde 1998. Fica em um parque gigante em Pequim (como tudo por lá) e quase nos perdemos a noite para sair do complexo.
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Entrada do parque onde fica o Templo do Céu |
O Templo do Céu ou Tian Tan é um dos maiores recintos sagrados da China.
Na volta paramos em um shopping perto do hotel para jantar e chegamos a noite no quarto.
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shopping center perto do hotel |
Entramos no elevador junto com um robô de entregas. Não consigo fingir normalidade nisso. Fiquei encantada com nosso companheiro.
No segundo dia reservamos um passeio privativo a Grande Muralha da China, região de Mutianyu, uns 90km de Pequim, através do GetYourGuide com uma ótima guia falando em inglês. Eles nos buscaram cedinho no hotel e fomos direto para a muralha.
Chegamos lá e já subimos de teleférico até a torre 15, depois fomos subindo mais, a pé até a torre 17.
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É impressionante, emocionante e foi um sonho realizado!
A guia sobe conosco e vai contando as histórias e mostrando os melhores pontos para as fotos.
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Até poderia subir mais, mas é bem íngreme e deu desânimo.
Voltamos e pegamos o tobogã que nos deixou na torre 06. Maiores de 60 anos não podem descer no tobogã e os fiscais costumam pedir o passaporte. A opção é voltar no teleférico de novo.
Descemos mais um pouco a pé, almoçamos em um restaurante local.
Na volta para Pequim, paramos para conhecer o grandioso Palácio de verão que é o maior jardim imperial da China, com o lago Kunming que ocupa 1/3 do terreno. É visita obrigatória. O palácio foi reconhecido pela UNESCO como patrimônio mundial. Fica a 15 km do centro de Pequim.
Passamos pelo corredor de 700 metros com mais de 14 mil pinturas a mão que contam a história da China. Subimos até o último nível do edifício principal para apreciar a vista do lago. Vimos o barco de mármore. Atravessamos a bela ponte dos 17 arcos. Apreciamos os jardins.
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Ponte dos 17 arcos |
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Vista do lago |
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Um dos pontos de parada no corredor |
No retorno, o motorista nos deixou pertinho do hotel, na rua de pedestres Wangfujing. Tudo muito limpo e organizado. Comemos petiscos locais e vimos uma das poucas igrejas católicas da China, já que no país só 0,70% da população é católica.
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Igreja Católica |
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Wangfujing street |
O nosso terceiro dia começou cedo, pegamos o metrô e fomos direto ver os pandas se alimentando no zoológico de Pequim. Eles são fofos, brincalhões, encantadores. Passemos pelo local pela manhã toda.
Marcamos com um guia no início da tarde que nos levou a praça da Paz Celestial, que é a terceira maior praça pública do mundo.
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Praça da Paz Celestial |
De lá fomos conhecer a majestosa Cidade Proibida, com seu complexo arquitetônico de 980 edifícios, e que foi o palácio Imperial da China por quase 500 anos, de onde governaram 24 imperadores. O acesso era restrito a família imperial e seus funcionários, por isso tem o nome de Cidade Proibida.
Para acessar é preciso fazer uma pré-reserva com antecedência. O guia fez um dia antes. Ao chegar, apresentamos nossos passaportes e pagamos o ingresso na bilheteria. O acesso a região da cidade proibida é bloqueada para veículos e temos que passar por revista e raio-x, pois é uma área muito vigiada, como na maioria dos locais em Pequim.
O guia foi nos contando a história da região e dos monumentos, mais é tanta informação que até nos cansa. É o local mais lotado que fomos em Pequim, mesmo sendo um espaço gigante.
Ao sair ainda tivemos vistas maravilhosas do complexo ao entardecer.
Pegamos um didi e ainda fomos a um centro comercial recomendado pela guia da muralha. Fizemos a festa. De lá voltamos para o hotel, arrumamos as malas, dormimos a última noite e embarcamos de volta para o Brasil, com uma conexão em Frankfurt.
Se voltaria? Várias vezes. A China é gigante e surpreendente.
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