Cuba sempre foi um mistério pra mim, mas ao mesmo tempo sabia que os habitantes eram alegres e musicais. Estava muito curiosa para ver com meus olhos a terra de Fidel, já que pela internet não tinha muita coisa. Inclusive os links que postei aqui, são de um app cubano de restaurantes e bares. A maioria dos restaurantes não tem sites próprios. Só os grandes e caros hotéis tem internet gratuita e site para reservas próprio. Não foi fácil decidir o que fazer, onde ficar, quanto tempo, e tudo mais da viagem.
O país tem 2 moedas oficiais (valores aproximados):
CUB=peso cubano=U$ 0.04 ou U$ 1 = 25 pesos cubanos (moeda da população), valor aproximado
CUP=pesos convertibles=U$ 1 (moeda só de turistas), valor aproximado
Para usar a internet, é preciso saber onde tem wi-fi e comprar um cartão que dá direito a 1 hora de conexão. Custa entre CUC 1 e CUC 2. Internet gratuita, só em hotéis 5 estrelas.
Data da Viagem: outubro 2018
Havana - Havana Vieja (3 noites)
Varadero - (2 noites)
Havana - Vedado (1 noite)
No embarque no Brasil, a COPA Airlines, nos vendeu o visto cubano (tarjeta turística), por R$ 120,00 (U$ 35) e perguntou sobre a vacina de febre amarela, que é obrigatória. Guarde bem o visto, precisa dele para sair do país.
Fizemos uma conexão de 12 horas no Panamá e foi ótimo para conhecer o canal. Conto aqui, em outro post.
Fizemos uma conexão de 12 horas no Panamá e foi ótimo para conhecer o canal. Conto aqui, em outro post.
O desembarque em Havana foi meio assustador. O aeroporto é bem ruim, o pessoal da imigração bem ríspido, as enfermeiras da vigilância sanitária mal educadas. Nos fazem preencher uns formulários em cima da hora da entrada e não tem um balcão e nem caneta. Por que já não organizam tudo dentro do avião, como em todos os países? Enfim, achamos bem amador. Fora o uniforme que usam, de gosto bem duvidoso. Pena que não fotografei, fiquei receosa.
Chegamos bem tarde, nosso voo atrasou e ainda teve a burocracia da imigração, mas o taxista contratado pela proprietária do apartamento que aluguei pelo airbnb, estava nos esperando. Trocamos um pouco de dinheiro no próprio aeroporto, para as primeiras despesas. Depois até vimos que os valores não mudam, afinal os bancos e casas de câmbio são todas do governo.
Dica importante: leve Euros, pois para trocar dólares cobram 10% de imposto (gravamen).
Dica importante: leve Euros, pois para trocar dólares cobram 10% de imposto (gravamen).
Ao chegar no apartamento, em torno de 1h da manhã, estava a mãe da proprietária e sua neta, linda por sinal, nos esperando, sentadas na porta de casa, em plena "Havana Vieja". A primeira coisa que vimos é que eles tem segurança, podem andar tranquilamente pelas ruas.
Nos receberam muito amavelmente, e nos mostraram as coisas essenciais do apartamento.
Marcamos na manhã do 1º dia, às 10:00h para o registro dos passaportes. O país tem um controle rigoroso dos visitantes e cobram isso dos moradores que alugam imóveis.
Esse símbolo representa casas de aluguel - ficamos aqui |
Marcamos na manhã do 1º dia, às 10:00h para o registro dos passaportes. O país tem um controle rigoroso dos visitantes e cobram isso dos moradores que alugam imóveis.
Tomamos um belo café da manhã em um café das ruas de Havana. Escolhemos o 5 Esquinas. São charmosos, com bom atendimento e alimentos frescos.
Após a assinatura do livro de registros, obrigatório para pessoas que alugam imóveis para turistas, saímos com a D. Cristina, a mãe da proprietária do apartamento, que foi nos mostrar onde trocava dinheiro, onde poderíamos almoçar, o que deveríamos ver na cidade...e o papo estava tão bom e interessante que ela nos guiou o dia todo, na maior gentileza e simpatia, que é comum do cubano. Passeamos por toda a "Havana Vieja"
Com ela fomos a Fortaleza de San Carlos de La Cabaña, Cadedral de San Cristóbal, Plaza de Armas, Plaza de São Francisco, Praça de La Catedral, vimos os belos casarões antigos, de estilo espanhol e história peculiar contada por uma legítima atriz cubana. Andamos pelas ruelas cheias de charme. Nos foi apresentada a história de vida e curiosidades sobre a cultura da cidade. Tivemos o privilégio de almoçar num autêntico Paladar (restaurante tradicional de família cubana). Ela ainda nos levou a "La Bodeguita del Médio", famoso bar e restaurante cubano de Mojito, onde Fidel gostava de ficar.
Com ela fomos a Fortaleza de San Carlos de La Cabaña, Cadedral de San Cristóbal, Plaza de Armas, Plaza de São Francisco, Praça de La Catedral, vimos os belos casarões antigos, de estilo espanhol e história peculiar contada por uma legítima atriz cubana. Andamos pelas ruelas cheias de charme. Nos foi apresentada a história de vida e curiosidades sobre a cultura da cidade. Tivemos o privilégio de almoçar num autêntico Paladar (restaurante tradicional de família cubana). Ela ainda nos levou a "La Bodeguita del Médio", famoso bar e restaurante cubano de Mojito, onde Fidel gostava de ficar.
La Bodeguita del Medio
Castillo de la Real Fuerza |
Plaza de Armas |
Plaza Vieja |
Tudo bem sinalizado |
No fim do dia, voltamos pra casa, encantados com a simplicidade, cultura e gentileza do povo cubano. A noite jantamos no restaurante "La Farmacia", bem na esquina de casa. Delicioso e atendimento impecável!!
No 2º dia, decidimos tomar o café no restaurante "La Farmacia", e foi muito bom também. De lá saímos para explorar a região de Centro Havana. A pé, fomos pelo Paseo del Prado até o Capitólio Nacional, que é lindo e muito grande. Passamos pelo Grande Teatro de Havana, Museu de Belas Artes, Museu da Revolução e outros tantos prédios lindos. Voltamos pela Calle Opispo, rua fechada para carros, de grande movimento.
Vários carros antigos pelas ruas |
Fomos até o Museu do Run, ao Museu do Charuto e passeamos pela orla onde ficam os transatlânticos que levam turistas para Havana todos os dias. Apreciamos as várias apresentações musicais pelas ruas e almoçamos no restaurante Havana 61, divino! Aliás, como tem bons e charmosos restaurantes em Havana! Descansamos um pouco, afinal estávamos hospedados bem próximos de tudo. No fim da tarde tomamos um táxi e fomos até o Castillo del Moro, ver o por do Sol, recomendado por um cubano. E foi sensacional!
Pela noite decidimos conhecer o famoso Daikiri do "El Floridita". Fomos e voltamos de taxi, que não é barato, pelas distâncias percorridas. Nunca é menos de CUC 5 (equivale a U$ 5). E tem que pechinchar, dá certo. Voltando ao Daikiri, tomei outros bem melhores em outros restaurantes cubanos. O famoso do "Él Floridita", é caro e pequeno, bem sem graça. Voltamos e decidimos jantar perto do apartamento, no Maximo Bar, adoramos! Drinks deliciosos, comida boa e a bom preço e atendimento, como sempre, muito gentil.
Capitólio |
Grande Teatro de Havana |
Ruelas do centro |
Por do sol no Castillo del Moro |
Após o café da manhã, no 3º dia, o mesmo taxista nos buscou no apartamento e nos levou para Varadero. A viagem durou em torno de 1h30min, por uma boa estrada e bom papo. A região é realmente linda. Mar do caribe dispensa comentários. É lindo!
Escolhemos o hotel All Inclusive Be Live Experience Varadero, que apesar de ter uma ótima estrutura de espaço físico e parecer bem nas fotos, está bem decadente, precisando de uma boa reforma e reestruturação de serviço. Nos contaram que o hotel é do governo e foi arrendado para uma empresa espanhola, que está se adaptando. Como pagamos muito barato e não me ligo em hotel, aceitamos bem e decidimos curtir tudo que tínhamos direito.
Chegamos em torno das 13:30h e o check-in seria só as 16:00hs, mas nos colocaram a pulseirinha da comilança, guardaram nossas malas e disseram que poderíamos aproveitar o hotel todo, mesmo antes do horário. Fomos aos drinks e depois almoçar. Quando liberaram nosso quarto, descansamos um pouco e voltamos para as diversões.
Chegamos em torno das 13:30h e o check-in seria só as 16:00hs, mas nos colocaram a pulseirinha da comilança, guardaram nossas malas e disseram que poderíamos aproveitar o hotel todo, mesmo antes do horário. Fomos aos drinks e depois almoçar. Quando liberaram nosso quarto, descansamos um pouco e voltamos para as diversões.
No 4º dia, após um belo café da manhã, fomos curtir a praia, a piscina, os drinks, comidinhas (não muito boas), almoçamos, descansamos, ouvimos música boa, fomos a praia ver o por do sol, jantar, show a noite, e tudo mais. Apesar de nem chegar aos pés dos tradicionais All Inclusives, deu pra aproveitar bem.
Depois do café da manhã, no 5º dia, o taxista nos buscou e voltamos para Havana, desta vez em outro bairro, Vedado. Ficamos no lendário Hotel Nacional de Cuba. Como é um ponto turístico, fomos numa época de preço bom, achamos por bem hospedar no próprio ponto turístico. Lá sim, tem internet gratuita 24 horas, tem site para reservas, e tem muita mordomia. Dizem que o hotel é do governo, como quase tudo lá.
Saímos para almoçar por perto e na volta já combinamos com um cubano, um passeio naqueles carros antigos e tradicionais. Foi um passeio de 1,5 horas e nos cobrou CUC 35. Começam pedindo de CUC 50 a CUC 60, mas já sabia que teria que regatear.
Adoramos a gentileza do cubano, o passeio e a aula de história que nos proporcionou. Fomos a Praça da Revolução, com os famosos painéis de Che Guevara e Camilo Cienfuegos, revolucionários cubanos. Na verdade, Che Guevara era argentino e guerrilheiro que liderou a revolução cubana. Uns o amam, outros nem tanto. Depois fomos ao Bosque de Havana, lugar não turístico, mas de uma beleza ímpar, no meio de Havana. Passamos no famoso cemitério Colón, lugar impressionante. Dizem os cubanos que é o maior cemitério do mundo e é cheio de curiosidades. A quantidade de mármore branco impressiona.
Hotel Nacional de Cuba |
Nosso carro |
Vários carros antigos esperando por um turista |
Bosque de Havana |
No último dia, o taxista nos levou ao aeroporto. Ao chegar, despachamos a bagagem e resolvemos embarcar. Nunca vi um pessoal tão grosso, parece que estão nos fazendo um favor de nos deixar visitar o país deles. Mas só vi isso com os funcionários públicos, a população é muito gentil.
Dentro da sala de embarque só tem uma loja grande "Duty Free" e é uma baderna. Muitas filas, pessoal sem preparo, nem caixa pra registrar tinham, faziam as contas numa calculadora. Não tinha um restaurante, só uma lanchonete com quase nada e uma fila enorme. Ah, cartão de crédito? Só tem a máquina, mas nunca funciona. Só falam que aceitam, mas não consegui usar em quase nenhum lugar. Talvez no hotel, mas como já tinha pago, não testei.
Se voltaria? Apesar de ter adorado a população e o clima musical e alegre, no momento não, talvez daqui a alguns anos.
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