A Polônia nos surpreendeu positivamente em todos os locais que visitamos. Por que demoramos tanto a conhecer? A história é muito triste, revoltante, mas o país superou e hoje tem uma qualidade de vida espetacular com elevado padrão.
Local mais triste da história da Polônia e mais cruel do mundo |
Em abril de 2025, seguido de uma viagem a Albânia, que contei em outro post, fomos para a Polônia. Partimos de Tirana, pela Ryanair, num voo de 2h.
Ficamos 2 noites em Varsóvia e 3 noites em Cracóvia.
Chegamos em Varsóvia por volta das 18h, pegamos um trem no aeroporto e já paramos perto do nosso hostel Level Rooms, bem localizado e fácil acesso a todo lado, alguns a pé. Nos acomodamos e fomos comer alguma coisa por perto.
Praça do Castelo |
Passamos pelo praça do Castelo onde fica o Castelo Real de Varsóvia.
Castelo Real de Varsóvia |
Vimos a Coluna de Zygmunt (Sigismundo). A Coluna, construída em 1644, é uma homenagem ao rei que fez de Varsóvia a capital nacional. Ela é algo bastante simbólico para a nação: dizem que, quando a espada de Sigismundo está erguida para o céu, o país está em paz e, quando toca o chão, é porque a Polônia vive seus piores dias. Aconteceu quando os nazistas a derrubaram fazendo com que a estátua se misturasse aos destroços dos prédios ao seu redor.
Olha o Sigismundo ai |
Fomos a Catedral Basílica São João Batista, percorremos as vielas antigas, com lojinhas e restaurantes.
Catedral São João Batista |
Praça do Mercado e a escultura da Sereia |
Centro histórico |
Visitamos as muralhas de Varsóvia, Barbacã, construídas no século XV. Durante a Segunda Guerra Mundial, a Barbacã foi destruída quase inteiramente por atentados nazistas. Anos depois, foi reconstruída usando os tijolos originais que puderam ser recuperados dos escombros.
Entrada para as Muralhas |
Barbacã |
No caminho tinha uns grupos de bailarinos se apresentando.
Fomos caminhando para a parte mais moderna da cidade, onde fica o elegante Palácio Presidencial e depois seguimos para ver o Túmulo do Soldado Desconhecido. Chegamos bem na hora da troca de guarda. O monumento fica no Saxon Garden, um parque com jardins belíssimos e bem cuidados, que no momento estava florido com as tulipas. Ele é aberto ao público desde 1727, antes mesmo do famoso Versailles da França.
Palácio Presidencial |
Tûmulo do soldado desconhecido |
E vimos a Academia de Ciências da Polônia, que tem logo na frente uma estátua de um dos inúmeros notáveis da Polônia, Nicolau Copérnico, que desenvolveu a teoria heliocêntrica do sistema solar.
Nicolau Copérnico |
Fomos almoçar em uma cantina bem tradicional, o Zapiecek. Comida deliciosa, atendimento e decoração também.
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Cantina Zapiecek |
Nas ruas de Varsóvia existem bancos, que quando acionado um botão existente toca músicas do seu compositor e pianista mais ilustre, Frederic Chopin.
Visitamos o museu Chopin, que é maravilhoso, moderno, interativo e bem organizado. Demos sorte de ter um concerto naquela tarde e assistimos aquela maravilha. E tinha uma exposição de esculturas de Chopin feitos por diferentes artistas.
Museu Chopin |
Na volta paramos para experimentar o Pączek no Café 1869. Uma rosquinha recheada e com cobertura. Parece um pouco com um donuts.
Voltando para o hotel passamos pelos prédios bem modernos, dentre eles o Palácio da Cultura e Ciência, onde todo fim de tarde tem iluminação especial.
No dia seguinte nosso trem para Cracóvia era as 12h40 e nosso hotel ficava bem pertinho da estação, saímos cedo para conhecer o parque Łazienki, que é o maior parque de Varsóvia com 80 hectares no centro da cidade, que fica a margem direita do Rio Vístula, o mais longo da Polônia, com seus 1068km de extensão.
A estátua de Chopin no Parque Łazienki em Varsóvia é um monumento icônico dedicado ao famoso compositor e pianista polonês Fryderyk Chopin. A estátua representa Chopin sentado sob uma árvore, cuja copa é deslocada pelo vento, simbolizando a conexão do compositor com a natureza.
Buscamos nossas malas no hostel e fomos a pé até a estação para pegar o pendolino (o trem de alta velocidade) até Cracóvia.
Chegamos em Cracóvia as 15h e em 10 min já estávamos no nosso excelente Sky hotel que é bem na estação central, perto de tudo.
Hotel Sky |
Fizemos o check-in, deixamos as malas e passamos pelo Portão de São Floriano, para conhecer a Plac Szczepanski, praça principal de Cracóvia com 40mil m2 e onde ficam diversos prédios históricos, monumentos, restaurantes e lojas. Está localizada no centro histórico, que foi declarado Patrimônio da Humanidade em 1978 e está sempre cheio de atividades.
Portão de São Floriano |
Plac Szczepanski |
Rua cheia de prédios históricos com lojas e restaurantes |
Na basílica de Santa Maria Maior a cada hora, um toque de trombeta (Hejnał Mariacki) é tocado da torre mais alta, interrompido abruptamente em memória a um trompetista que foi morto ao alertar sobre um ataque mongol.
Passeamos pelo mercado de artesanatos com milhares de lojinhas de produtos típicos e souvenir.
Mercado |
Vimos a escultura em bronze da cabeça deitada oca gigante. As pessoas se referem a ela como "A Cabeça". Representa Eros, o deus grego do amor e do desejo.
Depois de um lanche fomos caminhando para outra parte da cidade, visitar o Castelo Real de Wawel, que fica na colina de mesmo nome e as margens do rio Vistula. É um complexo arquitetônico e símbolo da Polônia. Vimos a estátua do Papa João Paulo II, outro polonês ilustre. Tem um museu também, mas estava fechado.
Castelo Real de Wawel |
Voltamos caminhando belas ruas arborizadas e margeando o parque Planty até chegar ao nosso hotel. Chegamos a noite e jantamos na estação de trem que tem um excelente shopping center.
Parque Planty |
Depois do café bem cedo fomos nos encontrar com o pessoal do tour que compramos pela Get Your Guide, para visitar Auschwitz. Como esquecemos de comprar os ingressos com antecedência, a única maneira de visitar seria com empresas de turismo que reservam ingressos. Mas foi uma ótima escolha. Não precisamos preocupar com nada e tínhamos um guia para explicações básicas. As informações detalhadas nós podemos ver nas placas (é bem sinalizado) ou pesquisar no ChatGPT.
O lugar marcado para pegar o ônibus da excursão era bem pertinho do hotel. Depois de pouco mais de 1 hora de viagem chegamos em Auschwitz-Birkenau, que era Auschwitz II, onde visitamos o campo e o museu.
Os campos de concentração de Auschwitz foram o maior de todos criados pelo regime nazista. Nele havia três campos principais, de onde os prisioneiros eram distribuídos para trabalhos forçados e um deles também funcionou como campo de execuções. Para saber detalhes clica nessa página. A história é longa e triste, mas precisa ser explicada e conhecida.Milhões de histórias silenciadas. Cada item, uma lembrança. Cada parede, uma memória.
Auschwitz não é apenas história.
É um alerta.
É um compromisso: Nunca mais.
Que cada passo nesse lugar nos lembre do valor da paz e da dignidade humana.
Esses buracos eram os "vasos sanitários" |
Local de execução |
Banheiro |
Cercas eletrificadas |
No portal, está escrito “o trabalho liberta” |
Local de fuzilamento |
Local de incineração dos corpos |
Como era um feriado, tinha uma feirinha a beira do rio Vístula. Passeamos por lá e logo chegou a hora do nosso voo para o destino seguinte. Fomos a Paris mais uma vez.
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