África do Sul

Sempre pensei em conhecer a África do Sul. Tinha ouvido dizer que a Cidade do Cabo era comparável com o Rio de Janeiro e com Vancouver no Canadá. Já conhecia os dois e achava meio difícil a comparação. Mas é surpreendente!

Estava no celular quando apareceu "promoção África". Eu já fui pesquisar e era Maputo (Moçambique). Até que se fosse só para visitar o Kruger, seria uma boa opção. Mas eu queria ir a Cidade do Cabo (África do Sul). Pesquisei mais... achei por um excelente preço. Ficou por R$980,00 = U$315 (já com as taxas) os trechos São Paulo/Cidade do Cabo/São Paulo. Se eu pudesse escolher, voltaria por Johanesburgo, mas encarecia muito. 


Data da viagem: fevereiro 2017


Roteiro:

Cidade do Cabo (4 noites)
Knysna (1 noite)
Porto Elizabeth (2 noites)
Kruger National Park (3 noites)
Johanesburgo (1 noite)
Cidade do Cabo (1 noite)

Como meu voo era pela TAAG, fiz uma conexão em Luanda - Angola. Acho que 
nunca estive em um aeroporto tão ruim e bagunçado, mas foi por pouco tempo. Chegando na Cidade do Cabo já saí do aeroporto no nosso carro alugado (Keddy Rental Cars) direto para o apartamento que alugamos (airbnb) no centro da Cidade do Cabo. Um luxo! E preço super bom se comparar com os hotéis! 

* Ah! África do Sul é mão inglesa, mas não é difícil, só prestar atenção. Acostuma rápido!!


No primeiro dia, compramos um chip de celular (MTN) e foi super fácil e barato. Vale a pena! 

E fomos a Table Mountain, imperdível e o mais famoso ponto turístico de lá. Mas deixe pra ir com um céu lindo, como estava no dia.



sim card 


vista da Table Mountain

A tarde fomos a Camps Bay. Só as fotos já falam... Imperdível o pôr do sol.


Pôr do sol em Camps Bay


Jantamos por lá. Tem cada restaurante melhor que outro. Aliás, se come muito bem na África do Sul.

No segundo dia fomos ao Cabo da Boa Esperança e é legal, mas nada de mais além da história. Na volta paramos em Boulder’s Beach  (a praia dos pinguins). Não precisa ir a praia famosa, a praia ao lado "Seaforth Beach" (perguntei ao vendedor de picolés) tem pinguins também e o melhor é que você pode chegar pertinho deles. Na famosa, onde paga para entrar, você só vê de longe,da ponte. Adoramos ficar a menos de 1 metro deles, mas cuidado eles bicam. 




A noite fomos conhecer V&A Waterfront. O V&A é um grande complexo de entretenimento que reúne diversas lojas, restaurantes, bares, um aquário e até shopping e supermercado. Outro lugar imperdível.
No terceiro dia, pela manhã fomos passear pelo litoral e conhecer Sea Point e Clifton. A tarde fomos ao Bo-Kaap que é o simpático e colorido bairro malaio da Cidade do Cabo. Suas casas são um dos símbolos da cidade e representam a diversidade da população. 



No quarto dia partimos cedo para a Rota Jardim em direção a Knysna, parando em vários locais de vista incrível. Paramos para almoçar em Mossel Bay, lugar lindo e restaurante maravilhoso (Café Gannet).


A tardinha e a noite fomos passear e jantar no Waterfront de Knysna. Cheio de bons restaurantes.

Muito legal o Waterfront de Knysna
No quinto dia saímos cedo para conhecer o Knysna Heads, um local para um vista magnífica da cidade. 
vista de Knysna Head
Logo depois decidimos saltar de Bungee Jumping. Em 1 hora estávamos em Bloukrans River Bridge, Tsitsikamma, Plettenberg Bay. Nem deu tempo de pensar direito, preenchemos a ficha e nos levaram para a mais alta ponte de bungy do mundo. Foi simplesmente sensacional!


pronta pra saltar 

meu salto
Ponte do Bungy

Almoçamos por lá (após o salto, claro!) e seguimos para a linda Port Elizabeth. Ficamos em uma pousadinha bem agradável, simples mas com café da manhã personalizado e de boa qualidade, The Blue Lotus Guesthouse. A tardinha ainda fomos conhecer o cassino e arredores. Jantamos em um restaurante indicado pelo dono da pousada.

Vista do cassino em Port Elizabeth
No sexto dia fomos visitar alguns pontos turísticos da cidade. Primeiro fomos ao SAMREC (Centro de Proteção aos Pinguins). Amamos!! A cuidadora do lugar é simplesmente incrível. Ela realmente ama os pinguins. 

Depois seguimos para o Kragga Kamma Game Park, uma reserva perto de Porto Elizabeth onde você, no seu próprio carro, faz um "safari". Foi até legal, mas perde toda a graça depois de visitar o Kruger ou algum parque nacional. É que nas reservas os animais estão cercados, claro que num espaço bem grande e muito bem tratados, mas eles não precisam caçar, por exemplo. Já nos parques você tem que encontrar os animais no seu habitat, o que é muito mais interessante, podendo até presenciar cenas da vida selvagem. Além disso, não existem cercas nos parques, nós é que ficamos cercados dentro dos camps ou dentro dos carros.

Lista de animais encontrados no Kragga Kamma, vimos quase todos.



A tardinha fizemos um tour pelos pontos turísticos da cidade, que é linda. A noite jantamos em um dos muitos restaurantes do The Boardwalk Casino & Entertainment World.

No sétimo dia devolvemos nosso primeiro carro no aeroporto (muito rápido e fácil) e pegamos um voo cedo, pela Kulula (U$ 65), e fomos para o aeroporto de Johannesburg. Chegamos e já saímos no nosso segundo carro em direção ao Kruger. Estradas ótimas e bem sinalizadas. Tínhamos 4G e usamos o Waze ou Google Maps, facilitando muito. Entramos pelo portão Paul Kruger, era o mais perto do nosso "Camp". Escolhemos o Camp Skukuza, o maior e mais bem estruturado dentro do parque. O mais antigo também. Dentro do Skukuza tem restaurante, supermercado, posto de gasolina, banco, locadora de veículos, lanchonete.... Fizemos todas as reservas direto no site do Kruger. Não é um hotel, são instalações simples, mas boas e suficientes para viver 3 dias no meio da floresta. No nosso caso (6 pessoas) ficamos em um bangalô de 2 quartos, 2 banheiros, cozinha, sala e varanda, todo equipado com toalhas, roupas de cama, utensílios de cozinha, ar condicionado e até churrasqueira. Os africanos adoram o Braai (churrasco).

Entrada do Camp Skukuza


Nosso Bangalô
O oitavo dia foi de safari no nosso carro. Escolhemos uma estrada dentro do parque, no mapa que recebemos da entrada. E saímos meio sem destino, loucos para encontrar os animais. As estradas, são boas e bem sinalizadas, até as de terra são boas. São muitos animais. Vimos impalas, hienas, kudus, girafas, elefantes, babuinos, pássaros... Só não vi o Leopardo dos Big Five. Almoçamos no Camp Lower Sabie e continuamos por uma estrada de terra. Começaram aparecer búfalos e depois muitos elefantes, mais de 40 juntos. Foi meio tenso, pois era o único animal que tem muitas recomendações. Paramos o carro e esperamos quase uma hora até que todos sumissem da nossa visão. Foi incrível!!
Muitos elefantes no meio do nosso caminho
Voltamos para o camp, tínhamos que chegar até as 18:00h. Tem hora de sair de chegar nos camps e são rigorosos.

Vista do nosso bangalô
No dia seguinte, nono dia, decidimos sair bem cedo, na hora da abertura dos portões, as 5:30h. Afinal, era só mais um dia naquele lugar incrível. Resolvemos pegar outra estrada, passando por uma ponte linda. Avistamos um hipopótamo bem pertinho e ficamos parados observando. De repente começa a descer a nosso encontro alguns leões. Chegamos mais perto e eles vieram beber água bem perto de nós. Tremia tanto de emoção que as fotos nem ficaram boas.



Esperamos até que desapareceram de nossa vista em direção a uma pedra, onde ficaram até a tarde. Outras pessoas deram notícias. Lá é assim. Um contando para o outro o que viu e colocando ímãs nos mapas para que indique onde os animais foram vistos. A única exceção é o rinoceronte, que como está em extinção, não pode ser divulgado, para não atrair os caçadores.

Decidimos fazer um safari no caminhão do próprio parque a noite. Pensamos que o guia poderia saber onde encontrar outros animais, mas que nada, ninguém sabe. O bom que no caminhão do parque podemos entrar no camp mais tarde um pouco e o guia explica várias coisas sobre a vida selvagem também. Na verdade, acho que não valeu muito a pena. O melhor mesmo é encontrar por conta própria.

Tínhamos que partir no décimo dia para Johannesburgo. Saímos cedo e chegamos a tempo de visitar o Museu do Apartheid. Era o principal motivo de conhecer aquela cidade. É muito interessante, adorei. Apesar de ser muito triste a história daquele povo. Mas também é bom ver como estão cada vez melhores hoje.


A entrada já é chocante
Fomos para o Hotel Garden Court Sandton City, que tem ótimo custo benefício e fica de frente a uma das entradas da praça Nelson Mandela, muito bonita e cheia de restaurantes e lojas. Também escolhemos este local, pois é um local seguro em Johannesburgo, pois dizem que é uma cidade um tanto perigosa.


Praça Nelson Mandela
No décimo primeiro dia, devolvemos nosso carro bem cedo no aeroporto e seguimos para Cidade do Cabo para nosso último dia naquele lugar encantador. Pedimos um Uber (funciona muito bem lá) e valia mais a pena que pegar o ônibus que faz o trajeto aeroporto/centro, fomos para o nosso hostel 91 Loop, deixamos as bagagens e seguimos para o Waterfront curtir os últimos minutos daquele país inesquecível e de pessoas tão alegres e receptivas.

Se voltaria? Com certeza





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